História Do Bairro


Califórnia é um bairro da região administrativa Noroeste, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.


Origem e fundação

A área conhecida atualmente como Califórnia fazia parte da Fazenda Coqueiros, pertencente à Família Camargos. Com a expansão urbana a partir dos anos 1920 os herdeiros das terras ficaram com medo de uma possível ocupação e lotearam a área relativa à Fazenda Coqueiros, surgindo o bairro Camargos como a primeira aglomeração, porém a área concernente ao que hoje é o Bairro e Conjuntos Califórnia continuou desabitada.
Quando foi lançado o loteamento do Bairro Califórnia, em 01.07.1964, o local onde hoje é o conjunto Califórnia II era um só espaço, com todas as ruas calçadas. Não havia energia elétrica, água era de cisterna, esgoto era com fossa, e ônibus era o Alto dos Pinheiros. Onde é o conjunto Califórnia I, havia apenas uma grande área desabitada.
A BR-040 foi concluída no ano de 1969 e com ela houve a separação do loteamento em duas partes. Detalhe: Em setembro de 2009 a BR-40, trecho compreendido entre Brasília e Belo Horizonte, passou a chamar-se Rodovia Juscelino Kubitschek.[2] Ficou o Califórnia Velho de um lado da BR-040 e os Conjuntos Califórnia I e II mais a Vila Califórnia do outro. Nesta época o Califórnia Novo não existia.
O Bairro Califórnia não tinha planta aprovada na Prefeitura e isso dificultava conseguir obras urbanísticas do poder público e impedia os moradores de obter financiamentos para construções. A aprovação só veio a acontecer em 1978. [3]
Com muito esforço e dedicação dos dirigentes da ASSUCAL-Associação Urbanizadora do Bairro Califórnia, fundada em 1973 e tendo a frente Oswaldo Cardoso como presidente, Guilherme Cardoso como vice, Luciano Pereira, como secretário, Alberto Rosa como tesoureiro, Odilon de Souza como vice, foi conseguida a aprovação do bairro, com a denominação de Califórnia, nome quase perdido numa disputa com o conjunto I, que precisava ter o seu espaço aprovado para a construção de centenas de apartamentos e queria ficar com o nome.
A aprovação da planta do bairro aconteceu em 1978. Politicamente, a PBH foi obrigada a aprovar os dois loteamentos com o mesmo nome, apesar de separadas geograficamente por uma rodovia.E esta divisão geográfica tem causado até hoje muitas confusões para quem se dirige ao Bairro Califórnia pela primeira vez, pois faltam placas indicativas que distingam o Bairro Califórnia dos conjuntos Califórnia I e II.


Desenvolvimento

Somente a partir do ano de 1976 que o Bairro Califórnia conseguiu quase todos os melhoramentos urbanísticos que precisava. Até então, tinha apenas calçamento e luz elétrica. Com o trabalho eficiente de algumas pessoas, o antigo DNER, hoje DNIT, permitiu a abertura e o asfaltamento da Av. Vereador Cícero Idelfonso, saída para a BR-040. Com muita insistência, o Dr. Ocelo Cirino Nogueira, superintendente do DBO, hoje BHTrans, obrigou a empresa de ônibus a colocar um ramal da então linha 28, Alto dos Pinheiros, para o bairro, mais tarde transformado-a em linha direta ao centro. A iluminação pública das ruas veio junto, e em seguida a COPASA colocou água encanada e esgoto nas residências.
No código urbano de posturas da PBH não se permitiu a construção de prédios de mais de quatro andares no Bairro Califórnia. Os prédios maiores foram liberados para os conjuntos Califórnia I e II. Por esse motivo, o bairro não se desenvolveu para mais habitantes e não houve surgimento de supermercado, padaria, farmácia e açougues no local. Todo esse comércio está presente do outro lado da rodovia BR-40, no Conjunto Califórnia I.
Outro elemento de desarticulação interna do Bairro Califórnia é a rede viária que o segmenta dos Conjuntos Califórnia I e II e dos bairros adjacentes Alto dos Pinheiros, Santa Maria, Camargos e Água Branca tais como a Via Expressa (oficialmente Avenida Juscelino Kubitschek), Br-40 e Anel Rodoviário "Celso Mello Azevedo".
Um problema que incomodou os moradores foi em 1975 o lixão ter sido transferido para o Aterro Sanitário da BR-040, Km 513, contíguo ao Conjunto Califórnia I e II, local desapropriado da Fazenda Taiobeiras. A partir de novembro de 2009 não se permitiu a aceitação de mais lixo domiciliar e a partir de dezembro de 2009 não mais o recebimento de terra e nem entulho.[4] Desde julho de 2011 o inativo aterro sanitário da BR-040 ganhou uma central de aproveitamento energético do biogás cujo processamento queima o gás metano que é produzido a partir da decomposição do lixo.


Fonte: Wikipédia, PBH

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